Palestina acusa <br>cúmplices de Israel
«Lamentavelmente, a comunidade internacional continua a ser parceira na morte das esperanças dos palestinianos, ao facultar à potência ocupante [Israel] a cobertura diplomática de que precisa para continuar os seus crimes», afirmou o secretário-geral da Organização para a Libertação da Palestina (OLP), Saeb Erekat. Em nota divulgada a propósito da declaração de Argel, a 15 de Novembro de 1988, quando Yasser Arafat proclamou a independência do Estado palestiniano, a OLP salienta que Israel «continua a destruir as bases para uma solução de dois estados até ao pondo de serem poucos os que acreditam que este objectivo se possa alcançar». Nas últimas três décadas, lembra, a «população de colonos israelitas triplicou e as políticas israelitas, incluindo as de roubo de terras, recursos naturais, e a deslocação forçada e os castigos colectivos, continuam a atropelar os direitos fundamentais palestinianos».
Dias antes, a comissão palestiniana de inquérito à morte do histórico líder da OLP anunciou ter identificado o autor do assassinato de Yasser Arafat. A entidade defende que Israel é responsável pelo alegado envenenamento. No dia 11, em todos os territórios palestinianos, os 11 anos da morte de Arafat foram assinalados com protestos populares, reprimidos pelas forças ocupantes com um saldo de pelo menos 70 feridos.
